terça-feira, 7 de setembro de 2010

07 de setembro.

Ano passado, fiz uma retrospectiva desse sonho, que é a fanfarra.
Vou torna-lo a fazer aqui.

Bem, o ano não começa bem para a fanfarra. Nosso maestro decidiu sair, nem nos deu explicações.
Era o que achávamos.
Ficamos tristes, com medo, até sem esperança. Até que um novo professor chega para assumir o cargo. A nossa esperança se renova, quem sabe com esse novo músico, a fanfarra não toma rumo.
Bem, não foi assim que aconteceu. De começo estávamos com aproximadamente 38 pessoas, e passadas semanas, meses, aquilo só ia diminuindo. E a tensão aumentando.
Faltando apenas 1 mês e poucos dias, recebemos uma notícia, e não era boa. A fanfarra não tinha condições de desfilar com 5 pessoas tocando, apenas.

Dia 5 agosto de 2010
É constatado o fim da fanfarra. São guardados todos os instrumentos com uma eterna despedida, são vistos de longe, enquanto os músico seguram firme as baquetas e não ousam olhar para trás enquanto escondem suas lágrimas.
Mas eu sentia que tinha alguma coisa viva ainda. Porque é como o Adair diz! Enquanto houver baquetas, peles, músicos e um coração, a fanfarra ainda vive, em algum lugar eu sentia ela viva.

18 de agosto de 2010
Minhas esperanças já tinham se acabado, eu nem ousava me lembrar os motivos daquele silêncio que perturbava a escola.
Fui chamada na sala da coordenadora (hehe) no começo fiquei meio confusa, mas quando saímos eu e Adair para fora da sala e encontramos Breno e Gustavo, meu coração acelerou, minhas mãos soaram e tremiam.
A dúvida na cabeça. Será? Fanfarra.?
E quando Nádia pergunta se poderíamos tentar voltar a fanfarra, minha vontade era gritar que SIM. Mas Breno respondeu por mim.
Nunca vou me esquecer desse dia, da alegria, da euforia, e da vontade de acelerar o relógio para as 17:00, a hora do ensaio. E claro da minha carta escrita com tanta angústia, e minhas orações.
Tudo valeu a pena. O choro, o cansaço dos ensaios de segunda a sábado, praticamente, das brigas, mas nunca se ouvia a vontade de desistir, em todos ali os olhos brilhavam, a emoção tomava conta e a esperança se via no rosto e no sorriso daqueles ali que tocavam com prazer, com amor, simplesmente deixavam a música  passar de seu coração para suas mãos que tocavam freneticamente, enquanto aos que assistiam era se ouvido as músicas, todas que embora mudadas com novos arranjos, sempre vão ter a cara de Alex.

07 de setembro.
Dia de nervosismo, ansiedade, e a vontade de se provar melhor, de se sentir melhor.
Sinceramente, eu esperava menos dessa fanfarra esse desfile, mas a Fanfarra do Coleginho é assim mesmo! Sempre nos surpreendendo.
Quando tudo acabou, a disputa, a volta para o colégio, olhei para trás e vi tudo que passamos, quando julgávamos ter acabado, quando nossas esperanças foram por água a baixo.
Mesmo com tudo, eu faria tudo de novo, enfrentaria tudo de novo para que pudéssemos sentir tudo aquilo que sentimos hoje. Toda emoção, toda alegria, e principalmente, o orgulho.
Me orgulho muito de fazer parte dessa fanfarra, tudo, tudo valeu a pena.
Só tenho que agradecer.
Obrigado a todos que fizeram, e fazem desse sonho realidade.

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