terça-feira, 17 de maio de 2022

wtf 4 anos?

 Aqui não há tempo.

Na verdade ele existe, mas quase não se vê.

Ele passa tão rápido, que um piscar de olhos você pode perdê-lo.

Os dias se tornam minutos, as horas são segundos, e as semanas você não conta.

Que dirá os meses, você já se esqueceu.

Eu custei entender, essa ideia desse tempo novo, ou a ausência dele.

Engoli o choro, diminui as comemorações, os encontros tiveram que ser menores, as idas e vindas tiveram que ser rápidas. 

O almoço então? Só engolido.

Preciso estar atenta. Preciso estar preparada, preciso estar aqui e agora. 

Mas as horas passam, e eu fiz alguma coisa importante?

Eu vivi?

Ou o tempo só passou e eu nem vi?

domingo, 22 de abril de 2018

deal with it

"Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto.
Eu tenho orgulho de dizer que eu me conheço, sempre falo isso pra todo mundo, acho que porque teve uma época na minha vida, lá pelos 13 a uns 18 anos que eu não tinha ideia de quem eu era ou poderia ser. Na verdade, ainda tenho tantas duvidas quanto aquela época, sobre infinitas coisas, mas sobre quem eu sou, não.
Mas tem algo errado faz um tempo, e escrever sobre isso é tão complicado quanto tentar explicar para alguém, ou quem sabe, para mim mesma.
Toda vez que penso sobre, e que tento escrever, minha mente me sabota dizendo que não é nada importante, e que não passa de um drama onde eu sou a protagonista tentando justificar as coisas de ruim que acontecem comigo dizendo: eu tenho um problema. Mas, na verdade eu não tenho nada de mais, eu só sou uma pessoa preguiçosa que vive procurando explicações pro meu fracasso. Fracasso em fazer um trabalho da pós, fracasso em estudar para o concurso, fracasso em fazer dieta, fracasso em focar nas coisas, fracasso em não achar emprego, fracasso em levantar da cama… Tudo se resume a preguiça.
Na verdade, eu sempre fui preguiçosa desde criança. Tinha uma dificuldade enorme em estudar aquilo que não me interessava ou também fazer algo que não gostava. Levava tudo com a barriga. Mas, o que aconteceu então? Eu sei que eu odeio procurar emprego, por exemplo, mas não odeio a ideia de trabalhar. Na verdade eu queria muito trabalhar. Então porque eu não me esforço tanto para achar um emprego?"

Does not matter who you are or what you have, life is short, life is unfair and life is happening all the time.

Deal
With
It.

Trechos de um texto desabafo sobre ansiedade, escrito por: mim.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

eu ainda existo de uma forma ou de outra

Demorei bastante entender porque minhas costas doíam só de um lado periodicamente.

Porque às vezes a minha vontade era de me deitar em posição fetal no chão, e às vezes eu fazia isso.

Porque muitas vezes me encontrava com os dedos na boca, roendo as unhas até chegar ao ponto de machucar a carne.

Porque um simples "não" significava tudo, milhares de pensamentos, milhares de incertezas, mas nunca um só "não".

Porque me olhar no espelho era tão difícil, porque aquela imagem refletida ali não me representava, mas ainda sim era eu.

Porque eu me afastava de todo mundo que me amava e queria meu bem, porque não conseguia manter uma conversa normal.

Porque ficar sozinha era ao mesmo tempo tão horrível, mas a única opção naquele momento.

Porque me faltavam as palavras pra explicar, por mais que eu quisesse falar e gritar e mostrar pra todo mundo que eu não estava bem.

Porque tudo se tornou tão frustrante, os estudos, os passeios, os dias, a vida.

Porque levantar da cama se tornou um fardo tão pesado em meus ombros inchados e doloridos.

Porque às vezes a vida parecia ser tão insignificante ao ponto de me fazer ter vontade de dormir o dia inteiro.

Porque às vezes eu tento respirar e não consigo, por mais que eu veja meus pulmões trabalhando, e meu peito em movimentos.

Porque um dia consigo sorrir e no outro não.

Porque um dia eu me esforço e no outro não?

Não.

Eu me esforço todos os dias, principalmente nesses dias difíceis.

Demorei bastante pra entender, mas às vezes não entendo.


Como posso explicar pra você como é viver com ansiedade?

domingo, 27 de dezembro de 2015

2.1



Não poderia perder o costume, apesar de não saber o que dizer.


Dia 26 foi um dia muito bom, porque eu vi a maioria das pessoas que são especiais pra mim. Algumas a gente entende que não dá pra ver, mas só por enquanto. Cortei o cabelo logo cedo, porque eu quis, estive pensando e me orgulho bastante de mim esse ano. Fiz coisas que eu queria fazer, por mim e por mais ninguém.


Sem medo de julgamentos? Não. Mas, preparada pra escuta-los, recebê-los, chorar e ignorar. E isso aconteceu durante o ano inteiro, descobri pessoas com defeitos, mas que ainda sim eram incríveis e amáveis. Descobri que a minha religião não

existe ainda, e nem sei se quero que exista mais uma nesse mundo. Descobri que cabelo ainda define sexualidade, a roupa define caráter, e o sentimento muitas vezes não importa.


Às vezes não importa nem um pouco quem você é, mas sim, o que você pode fazer. E eu fiz, fiz amigos chorarem, chorei junto com eles, fiz minha família sofrer comigo em um tcc, fiz pessoas ficarem nervosas, calmas, irritadas, felizes e amorosas. Fiz um TCC, sozinha, e por mais que eu não acreditasse ser capaz, eu tirei 9,8. Eu fiz um teste pra bolsa de teatro, eu percebi que estar sozinha nem sempre é ruim, que coisas ilegais são legais (que ridículo), e confirmei mais uma vez que momentos são o que importam realmente.


Ninguém é feliz um dia inteiro, mas eu fui feliz a maior parte do tempo, eu estou aqui de novo escrevendo sobre mais um ano que se passou. Eu estou viva, e acima de tudo me sinto viva.






2.1 A lagarta se torna borboleta, mas nunca, jamais deixa de se lembrar do que era, e sabe que isso é apenas o começo da viagem. Mas agora ela tem asas e vai conhecer o mundo.






Estou viciada em munchkin, me ajudem.



Meu nariz saiu enorme nessa foto, mas era a única que representava a verdadeira Nathane do dia 26.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

12 de junho ♥

Não sou uma pessoa romântica, descobri isso com os minhas paixões agudas, amores platônicos e amores comuns também.
Me perguntaram tantas vezes hoje o que eu ganhei de dia dos namorados que eu poderia escrever na testa: "um colírio" para evitar tantas vezes a pergunta sendo repetida.
Sim, eu realmente ganhei um colírio, além de abraços e beijos. Era o que eu precisava e estou muito feliz com isso. E meu namorado acabou por ganhar conjuntivite com muito carinho, mas foi um acidente.
Digo com orgulho sempre que não sou romântica, que não ligo pro dia dos namorados, uma data em que os comerciantes comemoram e pessoas são julgadas por seus presentes e por sua criatividade. Realmente, a maior parte do dia é isso.
Mas, hoje eu pude ver um lado que não conseguia enxergar antes, vi casais compartilhando história na internet, mulheres e homens solteiros compartilhando o seu amor por si mesmos e sua alegria por serem solteiros, vi famílias construídas, casais que passaram por tantas perdas e continuam juntos, casais orgulhosos, casais fofos, casais de homens, casais de mulheres, casais de três ou mais, casais a tanto tempo juntos e casais a pouco tempo juntos, casais felizes, isso que importa. Talvez eu estivesse metade certa, o dia dos namorados não é uma data qualquer, é uma data a se agradecer uma companhia especial, sendo ela, ele, elas, eles, todos.

Obrigada pelo colírio Carlos (:

quinta-feira, 26 de março de 2015

Não reclamar. 
Escutar. 

O mundo está péssimo pra você. 
O meu mundo também, mas você não sabe. 

Escuto. 
Não reclamo. 

Não quero falar, não quero ouvir. 
Mas quero ajudar.

Não falo.
Escrevo.

Está tudo bem.
O meu mundo está péssimo e o seu também. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sempre

Mesmo que vocês se escondam, eu vou encontra-los. Porque vocês mudaram a minha vida, me fizeram sorrir e acreditar em mim. 
Mesmo que vocês corram pra longe eu correrei atrás, porque me deram a vontade de não desistir de uma amizade.
Mesmo que vocês se esqueçam eu me lembrarei, porque estão presentes nos momentos mais felizes nas minhas lembranças. 

Não existem maneiras de fugirem de mim, eu sempre vou pensar, rezar, torcer e amar vocês.


Sempre.


Que decepção vocês me fazendo chorar.